Realmente o mundo muda a todo instante. Não estou me referindo às questões científico-tecnólogicas e sim aos valores, moral, costumes, tradições, ética, etc.
Como as informações e dados estão disponíveis a todos em tempo real, não adianta querer esconder ou mesmo manipular os fatos, pois de alguma forma e momento, a verdade virá a conhecimento público. Expresso essa observação na medida em que, o Brasil precisa enfrentar, de forma soberana e altiva, uma gravíssima e inadiável tragédia: a desiguldade social e econômica.
Enquanto o Brasil tiver a brutal desigualdade entre as diferentes classes sociais, não teremos dignidade humana e tampouco medidas públicas e privadas que possam surtir efeitos para conter a perceptível degradação da sociedade brasileira.
A não ser que somente queiram fechar os olhos e ficar alheios aos problemas que afligem a todos indistintamente. Sob o ponto de vista estritamente econômico, o chamado mercado consumidor brasileiro não cresce na mesma proporção que tem crescido, o contingente populacional.
Todos devem concordar que milhões de brasileiros se encontram marginalizados do consumo de bens e serviços, sejam públicos e privados. E este fato impede, não apenas a melhoria da vida das pessoas desassistidas, como também inviabiliza crescimento e desenvolvimento econômico brasileiro.
Outrossim, deve-se observar que o consumo de bens e serviços possibilita vida digna e a produção, contratação de pessoas, arrecadação de tributos, enfim, ocorrer o que chamamos de fluxo circular da renda e que, nos tempos de hoje, se diz economia circular.
Do lado governamental, cabe ao setor público duas frentes: na arrecadação de tributos, cobrar mais de quem tem mais renda e cobrar menos de quem tem menos renda e na gestão de gastos públicos, gastar mais com quem tem menos renda e destinar menos gastos com quem tem mais renda. Por isso, a reforma tributária é fundamental, da mesma forma que os parâmetros fiscais com gastos públicos também são cruciais. Não há como fugir dessas políticas públicas.
Sob o ponto de vista privado, os poderes executivo, legislativo e judiciário, devem pautar suas ações no sentido de, primeiramente criar um ambiente de harmonia, de respeito e amparo legal, e não menos importante, criar condições de segurança jurídica, de respeito ao dinheiro público e de oportunidades de negócios, que possam atrair capital de investimento produtivo nacional e principalmente, internacional: canalizando dólares para enriquecer a Economia Brasileira.
Com esta visão de planejamento estratégico e de cenário econômico, poderemos diminuir a desigualdade social e econômica brasileiras e incorporar contingentes populacionais marginalizados ao mercado consumidor. Todos agentes econômicos responsáveis estão de olho nas estatísticas econômicas brasileiras. Somos em quantos consumidores e consumidoras no Brasil?