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De estádios a praças, de arenas a teatros: cada vez mais, os nomes dos espaços que a gente frequenta ganham um “sobrenome” de marca. Esse tipo de acordo, chamado de naming rights — ou “direito de nomeação” —, virou uma das estratégias mais populares do marketing brasileiro.

Foi assim que o antigo Parque Antarctica virou Allianz Parque, o Itaquerão se transformou em Neo Química Arena, e o Morumbi ganhou o apelido de MorumBIS.



Por trás dessas mudanças está um conceito simples: empresas pagam para associar sua marca a um local de grande visibilidade e, em troca, ajudam a financiar melhorias, manutenção e até eventos culturais.

Agora, Tupã também passa a adotar esse modelo. A Câmara Municipal aprovou a Lei nº 111/2025, proposta pelo vereador Sillas Reinatto Ferrão, que autoriza o município a firmar contratos de naming rights com a iniciativa privada.


Como isso vai funcionar em Tupã

A nova lei permite que equipamentos públicos e eventos municipais — como praças, ginásios, bibliotecas, teatros, centros culturais e feiras — recebam o nome de empresas patrocinadoras.

Em troca, essas empresas poderão oferecer recursos financeiros ou benfeitorias, como reformas, manutenção e ações de interesse público. Tudo será feito por meio de licitação, com regras definidas em edital e contratos com prazo determinado.

Na prática, isso significa que poderemos ver espaços como o Ginásio Municipal de Esportes ou um evento cultural da cidade ganharem nomes de marcas — algo como “Ginásio Municipal [Nome da Empresa]” ou “Universo Cultural by [Marca X]”.

Segundo o texto da lei, os valores arrecadados ou as melhorias feitas devem ser destinados à manutenção e modernização dos espaços.


Por que isso pode ser bom para a cidade

A proposta segue um modelo que já deu certo em outras cidades brasileiras. Em São Paulo, por exemplo, o acordo de naming rights do Pacaembu com o Mercado Livre chegou a R$ 1 bilhão por 30 anos. Em Brasília, o Mané Garrincha se tornou Arena BRB, com contrato de R$ 7,5 milhões.

Em Tupã, a ideia é adaptar o conceito à realidade local: trazer investimentos privados para espaços públicos sem aumentar gastos do município.

“É uma forma moderna de gestão pública, que traz recursos e parcerias para melhorar a estrutura da cidade”, explica o vereador Sillas Reinatto Ferrão, autor da proposta.“Ganha o poder público, que economiza; ganham as empresas, que fortalecem suas marcas; e ganha a população, que passa a ter espaços mais bem cuidados.”


Limites e regras

A lei também estabelece critérios para garantir transparência e preservar o interesse público. Mesmo com o patrocínio, o nome oficial do local continuará existindo nos documentos oficiais.

Além disso, estão proibidas propagandas de produtos como bebidas alcoólicas, tabaco, armas e jogos de azar, e empresas com
histórico de irregularidades trabalhistas, ambientais ou de direitos humanos não poderão participar.

Os custos com placas, letreiros e materiais de divulgação do nome patrocinado ficarão por conta da empresa.

Santa catarina

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