* Roberto Kawasaki Turbulências a vista. O quadro político instável, sem as mínimas garantias de que as eleições de Outubro promoverão tranquilidade e perspectivas à sociedade brasileira, o cenário internacional mais problemático com o errático Presidente Trump, a derrocada da Venezuela com a reeleição de Maduro, trazendo ainda mais dramas sociais a brasileiros e venezuelanos. O setor público endividado e sem planejamento governamental e estratégico. A ausência total de um mínimo de Plano Nacional de Desenvolvimento. Se não bastasse a instabilidade das oscilações do dólar, temos agora o movimento dos caminhoneiros e seu transporte rodoviário. Que diga-se de passagem absolutamente justo. Se não bastassem os pedágios caríssimos que pagam por eixo, pelas rodovias brasileiras, de IPVA anual custoso e um custo inadmissível do preço do litro do óleo diesel, com pneus e demais componentes que devem ser trocados com periodicidade, o drama que vivem, trazem, sem nenhuma cerimônia, dificuldades para toda sociedade brasileira que necessita de produtos que são transportados pelos caminhões. Infelizmente os caminhoneiros não foram ouvidos em suas reivindicações, que assim sendo, tiveram que criar barreiras pelas rodovias do Brasil para que nossas autoridades se manifestassem a respeito. Entretanto, tudo isso é fruto, é bom que se lembre, dos roubos e desvios cometidos por partidos políticos, políticos, empresários e funcionários da Petrobrás. Não podemos nos esquecer que os crimes cometidos durante o Governo de Dilma contra a Petrobrás, por si só, já justificava o impeachment. Aliás, como pode um Governo que dizia ser de esquerda, viabilizar a quebra de uma empresa estatal ? De fato, a quase falência da Petrobrás, fez com que o Governo Temer promovesse ajustes administrativos para que houvesse a recuperação financeira e moral da maior empresa brasileira. Contudo, é bom sempre lembrar que quem paga pelo rombo das finanças públicas , e também da Petrobrás, é o mortal cidadão e cidadã brasileiros. Obviamente. O ajuste efetivado pela gestão de Pedro Parente com o beneplácito do Presidente Temer foi muito rigoroso, haja vista que desejaram recuperar a Petrobrás num espaço de tempo muito curto. Houve exageros. Nada justifica os reajustes promovidos nos preços do litro do óleo diesel. Que evidentemente não puderam ser repassados aos fretes pagos pelo transporte de mercadorias pelo país todo. É evidente que o Governo irá modificar a política de preços dos combustíveis, porque simplesmente sem o transporte rodoviário, o Brasil literalmente estanca, feito um burro quando trava e não sai do lugar. Mas precisava chegar a este ponto ? Certamente que não. Impressiona como nossa classe política é extremamente incompetente e insensível, haja vista a proposta cretina de propor a não cobrança do CIDE. Como se isto fosse resolver o problema. É a evidência de que o despreparo é inquestionável. Estamos perdidos.
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